Eu e a Graça fomos de carro para a casa dela. Conversamos sobre o que tinha acontecido e sobre o que eu ia falar com o pai dela...

- Não, se eu não tivesse visto seu rabo eu não acreditaria... uma jovem adulta, nível universitário!
- Ai Ceci, isso passou!

Meu nome, ainda não disse, é Ana Cecília, apelido Ceci.

- Não, ninguém tem o direito de ser bruto com ninguém... não interessa a ele se tu namora ou não... e que interessasse! Ele que se negue a cuidar de ti, se não é obedecido e faz questão de ser obedecido... mas que não te bata!

A Graça ficou um tempo olhando a janela, depois disse:

- Ceci... pelo menos não estoure com ele logo de cara... converse, procure conversa numa boa, sem ofender... eu vou tentar falar com o papai pra ele não estourar contigo tá bom? Vai ser difícil mas vou tentar.
- NÃO! Cê fica no teu canto que eu sei o que falar! Faltou é aparecer alguém pra enfrentar ele!

A Graça suspirou...

Quando chegamos, ela quis descer do carro primeiro, mas eu disse:

- Estaciona o carro pra mim, Graça? Eu não conheço a rua direito...

Ela me olhou meio surpresa, meio decepcionada. Esperava descer antes de mim, pra falar com o pai dela.

Desci, ela pegou o volante e eu fui até a casa dela. Vi um homem de cabelos grisalhos, sério e com postura ereta, na porta da casa dela, olhando a Graça estacionar, e eu deduzi que era o pai dela. Fiquei um tanto surpresa, era (e é) um senhor bonito, apesar dos cabelos grisalhos, bem alto e forte, apesar de ter sem dúvida mais de 50 anos. Como ele olhava a Graça, eu reparei na maneira dele olhar e vi que tinha olhos azuis. Ele olhava com atenção, mas sem ferocidade, como pra ver se a Graça estacionaria direito. Eu esperava um bronco, mal vestido, mal barbeado e mal penteado, de olhar frio e feroz. Ele não era isso...

- O senhor é o pai da Graça?
- Sou! – ele se virou pra mim.
-E sabe que o que cê fez com ela dá cadeia?

Ele primeiro ficou surpreso. Depois cruzou os braços e me mediu de cima a baixo, olhando meus olhos. Eu fiquei encarando ele, com cara de má, me preparando para uma explosão, a que eu responderia com outra igual, mas não, ele fez foi dar uma risadinha e balançar a cabeça. A Graça apareceu e ele se perguntou:

- Ela é sua amiga, Graça?
- É colega minha, papai, eu acabei de fazer um trabalho na casa dela...
- É simpática, essa donzela... – ele havia voltado a me olhar nos olhos e ao falar "donzela" sorriu maliciosamente...

Eu tremi de raiva. Quis responder, mas a Graça se antecipou e me convidou a entrar.

- Cê já disse o que queria, não é? Agora chega, vamos entrar! – disse ela ao meu ouvido.
- Não, eu ainda não disse tudo! – e me virando para onde o pai dela tinha estado – você...

Mas o pai de Graça já tinha entrado e nos esperava lá dentro. Então entramos.

- Cê tá seguro, não é, de que vai ficar por isso mesmo!
- As chineladas qui dei nu rabu da Graça?
- E não se envergonha!
- Ora, si ela num si invergonhô di ti contá...
- Ela não me contou, eu que descobri. E tomei a decisão de cobrar satisfação de você.
- Pois ti dô satisfação! Eu sustentu minha filha aqui. Ela si cumprumeteu cum minhas cundições. Num quis cumprir e inda pensô qui pudia mi inganá. Eu a castiguei. Si ela num concorda, podi voltá pá roça. Ou tentá vivê aqui pur conta dela. Ou sua, si quisé. Satisfeita?

O que mais me indignava era a calma com que ele falava. Ficamos nos encarando. Ele então analisou minhas formas, minhas curvas, e eu fiquei vermelha. Ele deu uma risadinha, e eu, gaguejando, perguntei:

- Seu nome, qual é?
- Tiago.
- Não falamos do principal, Tiago. Se "você" - frisei o "você" - não concorda com alguma coisa da conduta dela, pode abandoná-la a própria sorte, se for alguma coisa ilegal tem não só o direito, mas até o dever de denunciá-la, mas não tem o direito de agredi-la fisicamente, nunca, nunca, de jeito nenhum!
- Pois, eu olho a Graça, ela num mi pareci muito ferida. Gostu muitu da minha filha i num queru largá ela nu mundu! I queim diz qui num tenho direitu de insiná ela a respeitá os cumprumissus qui ela assumiu cumigu?
- A lei! Se fomos pra delegacia vamos resolver esta questão.
- A questão foi resovida: a Graça errô, eu bati nu rabu dela e assunto incerradu!

O que mais me impressionava era o jeito dele falar: ele não se envergonhava do sotaque nem das suas origens. Pela maneira dele ver o mundo, não tinha feito nada de grave. Sequer pensava no assunto. E seu tom, calmo, pausado, sem arrogância mas sem temor, firme sem ser agressivo, enquanto eu, ao contrário, tentava encarar com uma fúria que a medida em que ouvia era cada vez mais falsa e forçada...

- Concordo com papai, Ceci. Vamos tomar um café e falar de outra coisa.
- Vamô, filha. Servi u café pá mim e pá tua cunvidada!
- Você não entendeu... pensa que encerramos o assunto entre nós?
- Cum minha filha já tá incerradu. I c’ocê intindi u siguinti: bati na minha filha, cê num gostô, qué si metê cumigu, mas eu num queru brigá c’ocê qui num sô seu pai, istamus cunversadus!

Como ele não queria conversar mais sobre o assunto, eu usei isso pra atacá-lo:

- Veja Graça, ele não quer me enfrentar!
- Vejo que cê quer confusão! Se é por mim isso que cê faz, pode deixar, cê provocando o pai deste jeito é pior pra mim e pra ti.

A Graça falava ao meu ouvido, mas eu falava bem alto para ele ouvir. Mas ele simplesmente olhou pra mim, me mediu de novo, balançou a cabeça e olhou o café que a Graça tinha trazido.

- Veja que ele sequer tem coragem de me encarar!
- É qui cê é muitu bunita, si olhá muitu pr’ocê é capaiz d’eu ficá ti gostandu...
- Pronto Ceci, já tá bom, agora vamos tomar café...
- Ele não tem coragem de encarar quem enfrenta ele, só tem braço pra moça submissa!

O Tiago me olhou nos olhos, endireitou o corpo, sorriu e disse:

- Cê teim uma língua peçunheinta, um rosto lindo quando fica zangada, e um bumbum bom pá apanhá! É meló num mi provocá mais!

Meu Deus, eu tremi de ódio, fiquei vermelha feito uma maçã, mas não sei onde arranjei coragem de dizer:

- Cê sabe que comigo isso dá cadeia, que eu não sou uma cretina covarde feito a Graça e tem medo de mim...

O Tiago deu um pulo em cima de mim e caímos no sofá que estava atrás. Daí ele me levantou e me pôs de bruços no colo dele, dizendo:

- Nunca bati im filhu dus otrus, mas tambeim nunca uma moça veiu im minha casa pá mi ofendê ansí!
- Ora seu... AI!

O Tiago me mandou um bocado de tapas, descendo a mão forte no meu rabo. Por sorte não havia ninguém na vizinhança, pra ninguém me ver em tão constrangedora situação, que o barulho dos tapas e dos meus gritos de protestos certamente dariam o que falar por muito tempo.

A Graça ainda tentou segurar o braço do pai dela, mas ao fazer isso levou um empurrão tão forte que foi de encontro a parede e ficou grogue. E o Tiago continuou me batendo no traseiro.

Quando finalmente acabou minhas nádegas estavam quentes feito carne na frigideira. Eu fiquei pasma olhando para o Tiago. Fui alisar o bumbum mas doeu tanto que deixei escapar um gemido e tirei a mão na hora. Tinha vontade de chorar, mas segurei as lágrimas. Pensei em partir pra cima dele, mas só dei conta de ficar olhando o Tiago com cara de besta. A Graça quis falar alguma coisa com o pai dela, e o Tiago deu-lhe uma encarada tão forte que ela achou mais prudente ficar quieta. Então ela se virou pra mim e disse:

- Bom... cê e o pai já conversaram... quer tomar café?

- Eu fiquei parada, e ela me encheu a xícara de café. Eu peguei a xícara, e o Tiago olhava sorrindo pra mim. Fiquei com raiva, e joguei a xícara nele. A Graça pôs a mão na boca, e eu fiquei encarando o Tiago. Não sei o que esperava, mas com certeza não esperava que ele estourasse de ri na minha cara, como acabou fazendo.

- Graça, sua amiga é uma donzela muitu simpática – disse ele, rindo – achu meló cê levá ela daqui pá depois ela voltá mais calma.
- Boa idéia, papai. Vamos Ceci, depois a gente conversa.

Eu me deixei levar pela Graça. Entramos no carro e ela foi dirigindo. Fiquei com cara de besta até entrar no carro, quando então sentei no banco de passageiro, e senti uma grande dor e uma ardência nas nádegas e aí eu comecei a xingar o Tiago de tudo quanto foi nome. A Graça me cortou dizendo:

- Ora essa, meu pai é um homem muito decente! Cê é que veio se meter onde não tinha que se meter!
- Então ele tem direito de me bater, de te bater, de bater em qualquer uma...
- Mais direito que cê tem de ir pra casa dele criar caso ele com certeza tem! E vamos parar por aqui, tá bom? Cê quer continuar minha amiga, então pare de ofender o papai!

Fiquei calada desse momento até chegar em casa. E antes que eu entrasse entrar em casa a Graça me disse:

- Olha Ceci... vamos conversar depois, quando cê tiver mais calma, tá bom?
- Tá, tá bom...

Entrei em casa, e ela voltou pra casa dela de ônibus. Não sentia mais raiva, nem vontade de brigar, só cansaço, e deitei na cama. Mas antes tirei a roupa, e meu Deus, vi minhas nádegas, eu fiquei bem vermelhinha...

Deitei de bruços, e quando passava a mão de leve em meu próprio traseiro parecia que estava pondo minha mão numa chapa quente... mas também comecei a ficar excitada, com minha vulva molhada...

Procurei reprimir este desejo. Me levantei, tomei um banho frio, lanchei alguma coisa, voltei pra cama, e logo adormeci.

Sonhei que o Tiago me batia e eu fazia uma cara safada, satisfeita, e me masturbava enquanto ele me dava palmadas. Acordei quando gozei. Minha mão estava toda melecada. Minha outra mão estava alisando minha bunda ardida e vermelha. Acordei sem entender nada. Só que eu não tinha raiva de verdade do Tiago. Nos outros encontros eu ficava de cara fechada mais por turra que por qualquer outra coisa. E o Tiago, que sabia muito bem que eu fazia assim por turra, ria de mim, com calma, e me desarmava com seu sorriso e sua calma comigo. Ainda tenho muito que contar, antes do nosso casamento...

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