Ela continuava enrolando a conversa até que, sem pedir licença, sentou-se na mesa junto de mim e falou:

- Essa casa é mal assombrada.

Arregalei os dois olhos, apesar de não acreditar (mas temer), os acontecimentos da noite anterior não me deixavam em condições de retrucar.

Então ela começou a me contar uns casos que haviam acontecido por lá. Logo depois que ela havia mudado para lá, a minha prima apareceu a noite, com o carro do meu tio, dizendo que iria mostrar a casa para duas amigas. Todas estavam muito excitadas como se estivessem fazendo algo que nunca fizeram. As três entraram na casa e ela começou a ouvir risadas muito altas. Sem que ninguém visse, ela foi de mansinho até a sala e viu as meninas fumando um cigarro. Mas não era cigarro de fábrica, elas mesmo enrolaram e todas fumavam do mesmo, fazendo cara de bobas.

Maconha, a minha prima veio aqui escondida para fumar maconha. Se meu avô soubesse........

As meninas estavam lá, meio largadonas, quando a luz deu umas piscadas e elas começaram a ficar assustadas. Elas se mexiam como se tivesse alguém cutucando elas. Eu sai correndo e fui lá para o meu quarto. Eu fiquei ali sozinha, o mais quieta possível. O barulho foi aumentando e eu fiquei com mais medo e achei melhor voltar lá para saber o que estava acontecendo e, se tivesse jeito, eu ia tentar ligar para o seu tio. Quando eu cheguei lá não dava para acreditar no que via. A sua prima estava parada no ar, em cima de uma cadeira, com a bunda de fora. Parecia que estava levando uma surra mas não tinha ninguém ali batendo nela. Dava para ver quando acertava o traseiro dela porque ele afundava todo. Ela chorava e gritava. As outras duas estavam lá paradas, choravam também mas não saiam do lugar. Depois de apanhar bastante ela se levantou e sentou no sofá. Deve ter doido porque ela fez uma cara.......bom, daí uma das meninas que estavam lá sentadas se levantou ou foi erguida e ficou na mesma posição que a sua prima. Deitada de bruços no ar, com a saia levantada e as calcinhas arriadas. Apanhou bastante também. Depois foi a terceira. As três apanharam que nem criança. Quando tudo acabou as três levantaram rápido como quem que estivesse preso e conseguiu se soltar. As três choravam enquanto olhavam uma para a bunda da outra. Se arrumaram rapidinho e foram embora. Elas não devem ter contado isso para ninguém porque nunca ouvi alguém comentar alguma coisa.

Aquilo me aterrorizou, só podia ser o fantasma do vovô. Ela disse que as meninas se mexiam como se alguém as cutucasse. Só podia ser a bengala do vovô avisando para parar se não vinha surra, que nem aconteceu comigo. Meu Deus, o que é que eu faço. Ficar aqui desse jeito não vai dar. Depois do almoço eu ligo para o meu tio vir me buscar e nunca mais volto.

Subi para o quarto, arrumei as malas e já fiquei pronta para ir embora. Desci de volta para a cozinha e fiquei lá com a Maria. Sozinha é que eu não ia ficar. Conversamos um monte de coisa sobre a casa, os meus tios e o que dava para fazer por lá. Ela me disse que ainda havia sobrado um bom pedaço de terra para criar alguns bois, tinha um terra boa para plantar milho e criar porcos e galinha. Isso não me interessava muito, enquanto isso pensava no que tinha acontecido comigo e com a minha prima. De repente me deu um estalo.

- Maria, depois de tudo isso que aconteceu, por que você continua aqui?

Ela começou a me contar que era sozinha, não tinha para onde ir e que havia se acostumado, que aquilo não a assustava mais. A casa era boa, o emprego tranqüilo e o salário não era de se jogar fora. No começo até que pensou em ir mas tudo isso a fez mudar de idéia.

Interessante, a Maria não era bonita mas também não era de se jogar fora. Tinha um corpo bonito mas o rosto não ajudava muito. Era o que os homens chamavam de Raimunda. Eu sei que a vida anda difícil mas mesmo assim, conviver com um fantasma?

- Maria, você está me escondendo alguma coisa. Vamos lá, fala porque você ainda continua aqui.

Ela enrolou um pouco e eu continuei pressionando. Por fim, depois de eu prometer não contar nada para ninguém ela começou a falar. Aquela cena com a minha prima e suas amigas a deixou assustada no começo mas depois ela tinha ficado um pouco excitada. Depois que elas foram embora ela correu de volta para o quarto e ficou lá quietinha, arrependida de não ter ido embora junto com a s meninas. Mas ficava lembrando da cena e sentia uma excitação crescendo. Começou a se masturbar cada vez mais forte. Começou a se imaginar levando aquela surra. Lentamente foi se virando na cama, ficando de bruços. Estava quase gozando quando sentiu uma mão a segurar pelo braço. Da mesma forma que a minha prima ( e eu ) ela se sentiu jogada sobre os joelhos de alguém, ter a saia levantada e a calcinha arriada. No começo sentiu medo, depois dor. Sem se tocar acabou gozando. Quando acabou ela ficou quieta no quarto, acordada até amanhecer.

Aquilo me chocou, como alguém poderia ter prazer sendo surrada na bunda. Uns tapinhas de brincadeira na cama tudo bem mas surra de verdade. Queria saber mais, se ela continuava apanhando, se sempre tinha prazer, se não sentia a necessidade de um parceiro ( lembrei do João, o outro empregado, que apesar de meio abrutalhado não era de se jogar fora), quantas vezes já tinha acontecido e coisa e tal.

Ela disse que no começo não aconteceu mais nada. Ela fazia seu serviço diário e a noite ficava lá esperando acontecer alguma coisa e nada. Se não tivesse ficado tanto tempo com a bunda doendo teria achado que tudo não passara de um sonho.

Mas um dia ela quebrou um copo na hora de lavar a louça e sentiu alguma coisa no ar. De propósito quebrou outro e sentiu algo bater na sua bunda. Quebrou mais um e lá, na cozinha, estava ela deitada nos joelhos do meu avô, apanhando na bunda. Ela percebeu que sempre que fazia alguma coisa de errado o meu avô 'aparecia', dava dois avisos e depois partia para a surra. E assim ela foi fazendo, toda vez que dava vontade de apanhar ela fazia alguma coisa de errado que ele logo 'aparecia'.

Até que um dia ela não conseguia dormir e resolver assistir televisão na sala. Nos canais comuns não achou nada interessante e resolver assistir os canais de assinatura. Foi trocando de canal em canal até que chegou em um que aparecia um casal fazendo amor. Ela foi assistindo o filme até que não resistiu e começou a se masturbar. De repente ouviu um barulho atrás como o de alguém limpando a garganta. Primeiro sinal. Continuou. Depois sentiu que alguma coisa bateu na sua bunda. Segundo sinal. Por fim aconteceu. Novamente ela se sentiu erguida e posta nos joelhos de alguém, a bunda posta a vista e as palmadas começaram a descer. Passado o susto, a excitação começou a crescer e ela levou a mão até a vagina. Nessa hora tudo parou. Caída no chão ela ficou lá sem entender nada. E depois desse dia nunca mais aconteceu nada. Ela tentou várias vezes fazer a mesma coisa mas nada. Sumiu.

Eu até imagino o que pode ter acontecido, o meu avô não deve ter entendido esse gosto dela pela dor, essa excitação pela surra e a masturbação dela em seu colo e deve ter, pudicamente, se retraído.

Mas não acabou ainda, ela continuou me contando como começou a sentir falta daquilo até que um dia, não agüentando mais resolveu partir para cima do João. Como não dava para simplesmente chegar e pedir para ele dar uma surra nela e bolou um plano até que muito inteligente. Na hora do almoço ela começou a contar histórias de como o velho era rígido, como ele não deixava uma malcriação passar sem uma boa surra. E sempre de bunda de fora. Mas tudo muito discretamente. Depois de algum tempo ela começou a fazer coisas que sabia que irritavam o João. Rapagão de vinte e poucos anos, João havia se deixado levar pelas estórias da Maria e já pensava em dar umas palmadas nela. Quando ela começou a provoca-lo a primeira coisa que lhe veio a cabeça foi de dar-lhe uma surra, mas se controlou. E ela continuando a provoca-lo. E ele se segurando. Até que um dia ele se enfezou e disse que se ela não parasse ele lhe daria uma surra como o velho costumava dar. Chegara a hora, se controlando para não por tudo a perder ela continuou provocando até que falou que, para lhe dar uma surra primeiro ele tinha que virar homem. Bastou. Num instante ela estava no colo dele, de bunda de fora, apanhando que nem criança. E apanhou bem doido. Diferente do vovô, João batia ora no lado direito da bunda, ora no esquerdo. Alguns tapas ainda lhe acertava o alto das pernas. O resultado foi muito mais dolorido que as surras do vovô. Depois de algum tempo já eram amantes e as surras passaram a fazer parte da sua vida sexual.

Mas continuou contando que o meu avô nunca mais lhe dera uma surra. Ela até se espantou quando ele me bateu ontem a noite.

- Você sabe?

Claro que ela sabia, sabia e até deveria estar esperando que acontecesse. A casa era enorme e meus gritos e o barulho das palmadas devem ter ecoado pela casa inteira. Mas falou que não contaria para ninguém porque, afinal, o interesse que tudo continuasse em segredo era mais dela do que de qualquer outra pessoa.

Quando meu tio veio me buscar não falei nada sobre vender a casa. Resolvi pensar um pouco mais. Segunda-feira estava no meu serviço contando para todo mundo como era a casa que tinha herdado. De repente virei centro das atenções. O pessoal já estava quase me intimando para leva-los lá para um fim de semana. Mas como? Chego para eles e falo: ' Tudo bem, só que se alguém levar uma surra na bunda não reclame depois'? Mas continuei lá curtindo a minha fama repentina até que chegou a minha chefe. Ela consegue ser a pessoa mais irritante que já conheci. Ninguém gosta dela no escritório. Depois que se separou então ficou pior ainda. Acho que vou convida-la para um fim de semana lá na casa do vovô, o que vocês acham?
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